terça-feira, 9 de agosto de 2016

A Rua Manuel Guimarães, em Lisboa


A Rua Manuel Guimarães foi atribuída 32 anos após o falecimento deste realizador, pelo Edital municipal de 10/04/2007, na Rua D à Avenida Maria Helena Vieira da Silva, nas proximidades de outras artérias com nomes de cineastas como Manuel Costa e Silva e António Lopes Ribeiro, no Lumiar, perto dos estúdios da Tobis.


Informação recolhida no blogue Toponímia de Lisboa: http://toponimialisboa.wordpress.com/2016/01/26/a-rua-do-cineasta-que-trouxe-cantico-final-para-o-cinema/

Texto do Edital:


«- Deliberação n.º 109/CM/2007 (Proposta n.º 109/2007) - Subscrita pelo Vereador Amaral Lopes:

Considerando que Manuel Fernandes Pinheiro Guimarães, nascido em 19 de Agosto de 1915, em Valmaior, no concelho de Albergaria-a-Velha, se formou na Escola de Belas-Artes do Porto e se dedicou durante a década de 1933 a 1943 a expor a sua pintura e a produzir cenografias, ilustrações
para jornais e revistas e sobretudo, caricaturas;

Considerando que Manuel Guimarães se radicou em Lisboa a partir de 1943 e começou a enveredar pelo cinema como assistente de realização, entre outros, de Manoel de Oliveira - em  Aniki-Bóbo
(1942) - de António Lopes Ribeiro - em Amor de Perdição (1943), Frei Luís de Sousa (1950) e O Primo Basílio (1959) - e de Arthur Duarte, em O Leão da Estrela (1947) e O Grande Elias (1950);

Considerando que este cineasta se estreou com o documentário O Desterrado (1949), ensaio sobre o escultor Soares dos Reis, que recebeu o Prémio Paz dos Reis, a que se seguiram as longas-metragens
Saltimbancos (1951) e Nazaré (1952) - ambos com a colaboração de Alves Redol -, Vidas Sem Rumo
(1956), A Costureirinha da Sé (1958), O Crime da Aldeia Velha (1964), O Trigo e o Joio (1965), Lotação Esgotada (1972) e Cântico Final (1975);

Considerando que a morte deste realizador ocorrida em Lisboa, no dia 29 de Janeiro de 1975, a meio da montagem final do seu último filme que seu filho Dórdio Guimarães conclui, representa o desaparecimento do cineasta da segunda geração do cinema português que sempre seguiu a estética
do cinema neo-realista italiano;

Considerando que a Comissão Municipal de Toponímia, em sua reunião de 2006/11/30, emitiu parecer favorável à consagração do topónimo Manuel Guimarães, à Rua D à Avenida Maria Helena Vieira da Silva;

Considerando, finalmente, que a Junta de Freguesia do Lumiar, consultada ao abrigo do disposto no artigo 1.º da Postura Municipal sobre Toponímia e Numeração de Polícia, manifestou a sua total concordância;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

- Atribuir à Rua D à Avenida Maria Helena Vieira da Silva, de acordo com o disposto na alínea
v) do n.º 1 do artigo 64.º do Decreto-Lei n.º 169/99, de 28 de Setembro de 1999, o seguinte topónimo:

RUA MANUEL GUIMARÃES
Cineasta
1915-1975
(Aprovada por unanimidade.)»

 In Boletim Municipal

Sem comentários:

Enviar um comentário